Quem está deixando nossos filhos na TV/internet ? 

Todos nós temos acompanhado as notícias estarrecedoras e polêmicas sobre programas, filmes e até desenhos animados destinados a crianças e adolescentes com conteúdos impróprios ou que incitam ideologias de gênero, violência, pornografia e pedofilia.  

Recentemente estamos acompanhando várias notícias relacionadas a indignação da sociedade frente ao filme com comediantes brasileiros lançado na Netflix, e “Abuso sexual de crianças e adolescentes não é piada”.  De acordo com os dados brasileiros, a cada cinco minutos uma criança é abusada sexualmente.  No ano de 2020 foram registrados  14.000 ocorrências de abuso sexual infantil, fora os casos que não são identificados ou registrados.  

É estarrecedor ver temas como pedofilia e ideologias de cunho sexual e de gênero sendo disseminados, introduzidos a qualquer custo nos ambientes considerados infantil e juvenil desrespeitando o direito de proteção as crianças e adolescentes. 

Mas, a pergunta que não quer se calar, quem está deixando nossos filhos na TV/internet? 

E a resposta é a família, os pais e responsáveis.  Muita das vezes usamos a desculpa que o mundo mudou e  que essa geração é da tecnologia. Já nasce sabendo mexer nas telas, para deixá-los a vontade em no mundo perigoso das “telas”, onde pessoas e instituições mal intencionadas ou até mesmo  direcionadas por agendas globalistas  disseminam sementes malignas na mente e nos corações de nossas crianças e adolescentes. 

A primeira e principal instituição que a criança vai estar inserida chama-se família, e é essa instituição gerida pelos pais e tutores que são responsáveis pela educação, instrução, ensino dos valores, princípios e informações que ajudarão a criança e o adolescente a lidar e estar preparado para viver no mundo onde as trevas tem exercido sua influência maligna.

 Através do amor de Deus e do sacrifício de Jesus Cristo e da palavra poderosa do Senhor temos a chave que nos liberta e abre nosso entendimento, nos dando total capacidade e sabedoria para instruir, cuidar, zelar, amar e educar os nossos filhos. 

E por que mesmo possuindo a chave e o caminho do conhecimento temos errado? 

Por que estamos sendo omissos a educação dos filhos?

Será que a família e os filhos são de fato  nossa prioridade? 

Muitas respostas serão sim, eu trabalho duro para dar o melhor para meus filhos, mas será que esse esforço traz o benefício que  realmente a criança e o adolescente precisa? 

Nossas crianças e adolescentes não precisam somente de “coisas”, mas, também de pessoas. Deus nos fez para o relacionamento e as coisas são em segundo plano. 

Não estamos falando que os pais devem deixar de trabalhar, mas devem-se rever as prioridades, as estratégias e avaliar o contexto buscando a mudança assertiva a luz da palavra e  direcionamento de Deus  na criação dos filhos. 

Muitos pais que foram feridos ou abandonados inconscientemente fazem a mesma coisa com os filhos na ilusão de preenchê-los com presentes e boas escolas. Não que você não possa presentear seus filhos nem pagar uma boa escola, mas essas condições não devem servir de desculpas para manter as crianças na babá eletrônica ou terceirizar a educação dos filhos. 

Simples desenhos  dissimulam; irá , suicídio,  subliminares. Enchendo a mente e o coração de nossos filhos com coisas que não são benéficas, pelo contrário tem os levado ao abismo emocional. 

Nunca se falou tanto em depressão, crises de ansiedade, pânico e suicido de crianças e adolescentes. Muitas crianças tem recebido  diagnósticos de transtornos de aprendizagem relacionados ao tempo exposto em telas, prejudicando o desenvolvimento cognitivo, sensorial, motor e social das crianças.  Muitos pais preferem  manter a criança quieta na frente de uma TV, celular, vídeo game ou equipamentos eletrônicos pensando que estão melhor acolhidos, assistidos do que quando estão brincando e sujando, desarrumando a casa ou em contato com outras crianças, erram por não conhecer as consequências do excesso de tecnologia.

Durante a pandemia o uso de equipamentos eletrônicos e tempo de tela das crianças e adolescentes cresceu absurdamente. E mesmo a vida social voltando muitas crianças e adolescentes continuam em frente às telas sem acompanhamento, controle e a presença dos pais em suas atividades.

 Cabe aos pais proteger, zelar e orientar os filhos a cerca do que vão encontrar no mundo a fora. Por outro lado, mantê-los em uma bolha privados e “guardados” sem permitir que tenham o conhecimento conforme a faixa etária permite, sem informações e diretrizes que vão fazer com que fiquem vulneráveis ao se depararem com circunstâncias que necessitam de uma autodefesa, de uma autogovernança, de tomada de decisão por parte da criança e do adolescente para se defender e saber recusar o que pode lhes trazer perigo ou levá-los a caminhos diferentes ao que lhes é ensinados pelos pais, pela família. 

Em I João 519 diz: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno”.

 Não vamos poder controlar o que os maus estão tramando orquestrando para atingir nossas crianças e famílias, mas podemos mentoriar, acompanhar e discipular os nossos filhos. 

Esse papel e  função foi designada pelo próprio Deus e os pais precisam priorizar e cuidar dos filhos. 

Evite deixar seus filhos na frente da TV/telas e tome consciência do perigo dessa exposição. 

 Pais e tutores sao responsáveis pelas crianças e adolescentes e não quem está produzindo os conteúdos ilícitos e que infligem a lei, sendo jogados a todo momento em todas as plataformas de comunicação, canais abertos, fechados internet e redes sociais. 

Veja a seguir,  algumas dicas práticas para superarem esse momento difícil em família: 

  • Saiam de casa. Uma simples caminhada diária por cerca de 20 minutos trazem muitos efeitos positivos, mas o que vamos enfatizar é a comunhão. 
  • Tenha contato com a terra. Seja regando, plantando ou até mesmo somente pisando na terra. Não importando a idade, o corpo agradece. 
  • Planejem o final de semana. Seja o cardápio ou passeio. Ouça a todos envolvidos e comecem do mais simples a por em prática. 
  • Assistam ao por do sol ou o nascer dele ao menos uma vez por semana. Esse espetáculo os ensinará mais sobre Deus é tempo. 
  • Tenha tempo de qualidade com seus filhos, você melhor do que ninguém deve conhecê-los e estabelecer um diálogo de amor e confiança. 
  • Não é sobre perfeição é sobre ser família em seus respectivos papéis e funções. 

Mariana Rodrigues 

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